Hoje vim falar de bichisses e nóias. Coisas de menininhas principalmente, sabe como é. Coisas que se passaram pela minha cabeça durante a semana passada inteira e a resolução a qual cheguei.
A História
A Nic havia chamado faz um tempo para irmos no sábado que passou na Roller Jam, que é uma casa com pista de patinação - muito legal (depois falo sobre ela heheh). Fiquei super animada, sempre gostei de patins, muito mesmo, só que daí eu lembrei do patins que o namorado me repassou de natal, que era dele e ele não andava, tinha medo e tal (pois é, foda, calço quase o mesmo tamanho de sapato que o namorado - daqui a pouco ele rouba minhas melissas). Ele me deu no começo do ano e fui lá feliz e contente experimentar o bonitão. Finalmente ia voltar a andar de patins, coisa que adorava quando mais novinha.
Só que não.
Na hora que pus o pé lá dentro e a gente fechou a primeira fivela, já senti o plástico duro da língua da botinha que tem dentro entrar no meu pé e machucar um pouco, com meia grossa ou fina foi igual (o modelo é parecido com esse daqui, só que não tão bicha) . Pra fechar a fivela do meio fizemos um pouco de macumba e fechou, mas machucou demais demais. A terceira fivela nem chegou perto de se esforçar pra fechar o patins, era curta demais pros tronquinhos que tenho de canela. Chateei e fiquei bem triste que o patins não coube em mim, aliás, coube, mas machucou demais. Fiquei ali com um trauma besta a mais pra minha vida: o trauma de que nenhum patins no mundo caberia na minha canela gorda e isso leva ao pensamento que eu sou gorda. Disso pra pior.
E foi assim com o patins durante alguns meses até a Ni chamar para esse evento. Fiquei bastante indecisa, alternando entre ofoda-se desafio de não deixar as coisas me abalarem e o desgosto de não caber num patins caso eu fosse (eles alugam patins lá para quem não tem ou não cabe no seu). Discuti comigo mesma algumas vezes, entrei em um pouco de depressão e aceitei. Resolvi não me deixar vencer e que mesmo que o patins não coubesse, isso não seria o fim do mundo e o que eu quero mais é ser rei feliz e me divertir com os meus amigos.
Acabeifondo indo, ainda com certo receio e desgosto de ficar sentada enquanto todos se divertiam i.i ok. Chegamos lá e fomos ver o patins que tem pra ser alugado. Óun. Fiquei muito feliz na hora que vi que o patins era desse modelo aqui (exatamente esse), que mais parece um tênis da adidas sobre rodas, e percebi que ele caberia sem mais problemas, pois não envolve a canela, só o pé chato :D Aluguei, guardei as coisas e pus o patins e fui cair patinar.
Durante o re-aprendizado de andança de patins, tive vários sentimentos: Muito nervoso e raiva, por causa das pessoas a minha volta, me impedindo de tentar patinar sem nada no caminho; depressãozinha, por que estava com as pernas cansadas do pilates da sexta e não conseguia patinar decentemente; alegria de estar ali tocando o foda-se pra tudo na vida; um pouco de constrangimento, por causa do meu peso e um momento de vergonha alheia de mim mesma; chateação, pois o patins tinha palmilha do tipo que força muito a curvatura da palma do pé, coisa que eu não tenho e me causa câimbra no pé ou um certo desconforto (bastante até). Por causa dessa palmilha maldita, eu dei uma volta na pista e tive que sentar por um tempo, pois como souobesa gordinha demais, é muito peso forçando a curvatura do pé e ele dói pacaralho muito. Fiquei bem chateada com essa situação. Poxa, eu tive o maior trabalho pra deixar de lado a questão do tamanho da canela e gordice, pra chegar lá e não poder andar porque o meu pé de pão é problemático. E disso vão surgindo pensamentos piores, do tipo: "só dói porque você tá desse tamanho e como você parece ridícula tentando patinar sendo desse tamanho! Se você cair, não vai nem conseguir levantar e todo mundo vai ficar rindo da sua cara". Mas daí, novamente, peguei esses pensamentos e sentimentos ruins e levei eles pra dar mais uma volta de patins. Voltei, sentei, com alguma dorzinha no pé e com os mesmos sentimentos tomando conta de mim novamente. O que fiz? Dei mais uma volta. Na quarta volta, com a canela pedindo arrego e as coxas também, eu resolvi parar de andar, ainda fiz alguma graça com o patins, quase caí na rampa indo pra lanchonete com o povo, mas não caí hehe. Lutando caratê enquanto andava, mas me divertindo. E então parei. Parei porque estava cansada e com dor no pé e esse incômodo estava me deixando chata, mas consegui lutar um pouco contra as minhas bichisses os meu problemas mentais.
E mesmo com todo o estresse que passei com aquelas pessoas parando na minha frente na pista, passando perto de mim e caindo do meu lado, eu fiquei feliz que apesar de todos os pesares deu tudo certo e me diverti bastante com o pessoal. Não caí, mas me esforcei demais pra isso, a ponto de ficar extremamente ridícula. Uma coisa que percebi é que odeio pessoas e multidões, mas isso não é exclusivo à patinação, odeio multidões na vida. Adorei patinar naquele lugar, mas eu tiraria aquela criançada toda e todas aquelas pessoas me estressando (pensamento da hora: totentandonãocairporra!dáprapassarlonge?).
Não foi fácil pra mim, tocar esse foda-se e só a Ni e o Alê pra saberem o quanto choraminguei durante essa semana, dizendo q o patins não ia caber na minha canela super grossa mas que eu queria ir ver o pessoal. Fiquei num desanimo o tempo todo lutando contra minha cabeça, até chegar no lugar e por o patins no pé.
A Resolução
O que eu quis dizer com tudo isso é que por mais que a gente ache que não consegue/dá pra fazer algo, devemos nos desafiar e tentar/ir nesses eventos, independente do motivo. Podem ser raros ou das coisas que acontecem todo dia, o importante é tentar, o pior que pode acontecer é não acontecer nada. Se eu chegasse lá e não houvesse patins que coubesse na minha canela, eu ficaria assistindo as pessoas caindo e andando, com uma musiquinha disco de fundo, bem gostosa, e conversaria com os meus amigos igual, só que não teria patinado e teria me divertido mesmo assim. Deu pra entender o recado?
Fica a dica do dia: Deixade bichisse disso, menina (o)! Desafie-se!
Não posso ficar pensando no que eu faria se não fosse gorda porque mesmo que eu pense em começar uma dieta e começar a emagrecer, isso não acontece da noite pro dia, é um processo demorado, e durante esse processo vou continuar sendo gorda, só que um pouquinho menos por vez. Aceite-se que antes de mais nada você deve ser feliz do jeito que você é. Se não gosta de algo em você, aceite-se e então esforce-se para mudar no seu ritmo, sem loucuras, não esquecendo de viver durante esse processo. Porque não adianta nada esperar chegar onde você quer pra ser feliz então. Já pensou se acontece algo pelo caminho e você nunca chega lá? Você nunca será feliz?
Pense nisso.
Espero ter feito algum sentido, coisa bastante difícil pra minha pessoa, mas precisava desabafar :)
É isso aí e até a próxima, galera!
Beijos
Só que não.
Na hora que pus o pé lá dentro e a gente fechou a primeira fivela, já senti o plástico duro da língua da botinha que tem dentro entrar no meu pé e machucar um pouco, com meia grossa ou fina foi igual (o modelo é parecido com esse daqui,
E foi assim com o patins durante alguns meses até a Ni chamar para esse evento. Fiquei bastante indecisa, alternando entre o
Acabei
Durante o re-aprendizado de andança de patins, tive vários sentimentos: Muito nervoso e raiva, por causa das pessoas a minha volta, me impedindo de tentar patinar sem nada no caminho; depressãozinha, por que estava com as pernas cansadas do pilates da sexta e não conseguia patinar decentemente; alegria de estar ali tocando o foda-se pra tudo na vida; um pouco de constrangimento, por causa do meu peso e um momento de vergonha alheia de mim mesma; chateação, pois o patins tinha palmilha do tipo que força muito a curvatura da palma do pé, coisa que eu não tenho e me causa câimbra no pé ou um certo desconforto (bastante até). Por causa dessa palmilha maldita, eu dei uma volta na pista e tive que sentar por um tempo, pois como sou
E mesmo com todo o estresse que passei com aquelas pessoas parando na minha frente na pista, passando perto de mim e caindo do meu lado, eu fiquei feliz que apesar de todos os pesares deu tudo certo e me diverti bastante com o pessoal. Não caí, mas me esforcei demais pra isso, a ponto de ficar extremamente ridícula. Uma coisa que percebi é que odeio pessoas e multidões, mas isso não é exclusivo à patinação, odeio multidões na vida. Adorei patinar naquele lugar, mas eu tiraria aquela criançada toda e todas aquelas pessoas me estressando (
Não foi fácil pra mim, tocar esse foda-se e só a Ni e o Alê pra saberem o quanto choraminguei durante essa semana, dizendo q o patins não ia caber na minha canela super grossa mas que eu queria ir ver o pessoal. Fiquei num desanimo o tempo todo lutando contra minha cabeça, até chegar no lugar e por o patins no pé.
A Resolução
O que eu quis dizer com tudo isso é que por mais que a gente ache que não consegue/dá pra fazer algo, devemos nos desafiar e tentar/ir nesses eventos, independente do motivo. Podem ser raros ou das coisas que acontecem todo dia, o importante é tentar, o pior que pode acontecer é não acontecer nada. Se eu chegasse lá e não houvesse patins que coubesse na minha canela, eu ficaria assistindo as pessoas caindo e andando, com uma musiquinha disco de fundo, bem gostosa, e conversaria com os meus amigos igual, só que não teria patinado e teria me divertido mesmo assim. Deu pra entender o recado?
Fica a dica do dia: Deixa
Não posso ficar pensando no que eu faria se não fosse gorda porque mesmo que eu pense em começar uma dieta e começar a emagrecer, isso não acontece da noite pro dia, é um processo demorado, e durante esse processo vou continuar sendo gorda, só que um pouquinho menos por vez. Aceite-se que antes de mais nada você deve ser feliz do jeito que você é. Se não gosta de algo em você, aceite-se e então esforce-se para mudar no seu ritmo, sem loucuras, não esquecendo de viver durante esse processo. Porque não adianta nada esperar chegar onde você quer pra ser feliz então. Já pensou se acontece algo pelo caminho e você nunca chega lá? Você nunca será feliz?
Pense nisso.
Espero ter feito algum sentido, coisa bastante difícil pra minha pessoa, mas precisava desabafar :)
É isso aí e até a próxima, galera!
Beijos
Já vi o Padre dar um check in nesse lugar várias vezes no face, mas não sabia exatamente do que se tratava. Parece bem interessante!
ResponderExcluirE é isso aí, continue patinando e progredindo! ;)
vamos lá um dia! mas em um horário vazio auiehasd
ExcluirParabéns pela coragem de sempre, Tata! Se serve de incentivo muitas mas muitas vezes durante minha vida - mesmo quando a gente não se via muito e não tinha facebook pra ficar se comunicando - eu me lembrava de como você tinha coragem pra fazer o que queria e tinha que fazer!!! De verdade! Você sempre me deu muita força e sempre foi um exemplo mesmo sem saber!
ResponderExcluirObrigada pelo desabafo e pela coragem de sempre!
Beijo grande,
Lelê
>< obrigada pela força, Lê! Fico muito feliz de saber disso! <3
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